Publicado em: 25/08/2025
Estudando filosofia no semestre passado, eu me deparei com um exercício referente à conduta e código de ética pessoal.
Então, eu me peguei pensando em regras como a dicotomia do certo versus o errado. Sobre postura de vida e de conduta que sempre permearam a minha vida. E eu percebi o quanto o número três estava e está presente em meu cotidiano.
Lembrei da regra oito x oito x oito: oito horas de sono, oito horas trabalhando e oito horas lidando com cuidados pessoais. O que acaba por ser uma regra de três.
Ainda estou buscando uma empresa que precise da minha expertise e conhecimento adquirido ao longo dos anos. Sou apaixonada por criar algo que seja duradouro e que facilite a vida das pessoas.
Continuando o meu raciocínio, lembro de ter criado a regra de três em meus namoros, que funcionava da seguinte forma: a cada três decepções vinda da minha parte ou da do outro, deveríamos parar e conversar para zerar este placar. E uma vez zerado, não podíamos mais citar ou usar tais decepções no futuro, pra nada.
Percebi que o três estava presente mais do que eu tinha consciência em minha vida. Se eu fazia algo ou era uma ou três vezes. Nunca dois ou outro número par. Sempre números ímpares, que magicamente, paravam quase que automaticamente no número três.
Três velas, três voltas no quarteirão, receitas de culinária onde o número três imperava, como: três xícaras de trigo, três ovos e assim por diante.
Eu me peguei analisando o meu código de ética pessoal e sorri. Havia uma regra ali, na lista, onde a cada três anos, eu deveria escrever com minhas palavras sobre algo em que eu estivesse estudando ou me empenhando em realizar.
Ok, parece paranoia, mas não é disto que este texto trata. Ele trata de incorporar atitudes simples ao cotidiano, fazendo com que as coisas sejam mais fáceis de serem feitas e resolvidas.
Resolvi estudar uma língua diferente da que eu vinha estudando, assim, eu me deparei com um curso de francês cuja metodologia usa a regra de três por três. E funciona da seguinte forma: eu deveria falar e montar frases usando três palavras: um verbo, um adjetivo e um substantivo, podendo usar as palavras de dias anteriores para montar tais frases. E as frases deveriam ser afirmativas, perguntas e negativas. Tomando o cuidado de estudar apenas nove minutos por dia.
E eu sorri. Claro que sorri!
Eu me lembrei da regra de três segundos na organização da casa. Se eu visse um objeto fora do lugar, eu pensava: para colocar este objeto no lugar, eu levo menos de três segundos? Se sim, eu arrumava, se a resposta fosse não, eu o listava para colocar no lugar no final do dia.
Passando isso para o código limpo, que é a expertise que busco em meus projetos, comecei a me pegar com este mesmo raciocínio: para arrumar ou desacoplar tal função ou serviço, levo menos de 3 minutos? Se sim, eu o fazia, caso contrário, eu o listava para ser feito no final do dia, ou no dia seguinte caso sua complexidade fosse diferente de fácil. E a regra era clara: tarefas difíceis deveriam ser realizadas no início do dia, as médias no final da manha e início da tarde. Finalizando com as fáceis.
Organização é algo que deveria ser uma constante para tudo na vida de todos. Algo que ajuda a harmonizar o cotidiano pessoal. E é algo que soa como cuidado. E o é.
Não que o caos tenha que ser abolido, porque ele é realmente importante na vida, mas depois do caos e da tempestade, vem a organização e a calmaria.
Vi um vídeo de organização de hotéis, onde os funcionários arrumavam em três tempos: primeiro organizavam os objetos grandes, depois, os menores e, por último, limpavam o local (retirar resíduos do chão e das superfícies dos móveis).
Vi e gostei deste padrão, incorporando-o a minha vida. Assim, minha casa parece estar sempre arrumada. Claro que tomando com o cuidado de limpar imediatamente algo quebrasse ou colocasse em risco a segurança do local.
Observei que sempre uso a regra de três também para resolver problemas sejam de matemática ou qualquer outro que chegue até mim.
Padrões e hábitos bem administrados facilitam a vida de qualquer pessoa.
Você segue algum padrão (hábito ou esquisitice) que ainda não tomou consciência e que lhe traga uma segurança interna?
Fico por aqui.
Obrigada por me ler.
Fonte: Gestão