Publicado em: 02/09/2024
No texto anterior, relatei sobre a meditação, que é quando Deus atende o telefone. Hoje quero pensar sobre como fazer pedidos a Deus.
Estou cá pensando com meus botões sobre o que pedir a Deus. E invariavelmente lembro das aulas de língua portuguesa, com sua interpretação de textos e de palavras. Porque se trata exatamente disto: aprender a pedir e a interpretar a resposta de Deus. Porque Ele responde. Ele responde SEMPRE.
O primeiro ponto a observar é delimitar o que se quer. Seja uma necessidade básica/fisiológica como sobrevivência ou um desejo capaz de sanar a insatisfação do momento presente (vide pirâmide de Maslow). Perguntas como: o que preciso agora? Porque? Pra que? É ilegal (moral e crime na lei dos homens)? Vai prejudicar alguém? Se eu conseguir o que quero, o que ganho e o que eu perco? Se eu não conseguir o que quero, o que eu perco e o que eu ganho?
Toda escolha gera ganhos e perdas. Conseguir algo também gera ganhos e perdas. Não escolher é uma escolha.
Sim, é complicado, mas o caminho é este: perguntar até que as dúvidas sejam sanadas, ao ponto de decidir fazer o pedido ou desistir de vez dele.
Uma vez definido, é o momento de responder à questão: “como pedir”, que é o segundo ponto. A interpretação de texto aqui é bem pontual. Uma palavra dita sem que se tenha certeza do seu significado, pode gerar oportunidades que tragam um trabalho maior e um sofrimento desnecessário. Assim, na dúvida, mude a palavra que usará para fazer o pedido. Cabe aqui estudar a etimologia das palavras.
O terceiro ponto é responder à pergunta: o que está ao meu alcance fazer para que o que quero aconteça? Porque se está ao nosso alcance fazer, Deus não fará por nós o que podemos fazer sozinhos. Algo como: definir metas, tarefas e datas, para que você faça o que está ao seu alcance, ajuda bastante na realização do pedido. Mas aí entra a pergunta: mas se eu estou pedindo a Deus, porque tenho que me mexer? Porque a nossa atitude sincera e a certeza de que o pedido acontecerá abre o caminho para que o pedido seja realmente concretizado. Assim, a mudança da atitude interna fortalece o pedido com a fé que ele precisa para ser ouvido e respondido por Deus.
Se não estiver ao alcance, então, entramos no quarto ponto: que é o sentir verdadeiramente com todos os sentidos (físico, mental, emocional) o pedido realizado. Antes de fazer o pedido, a pessoa deveria fechar os olhos e visualizar recebendo o que pediu.
Ah, mas o pedido é difícil. Pra Deus nada é impossível ou difícil. Apenas não temos conhecimento científico o suficiente para entender como a natureza de Deus funciona. E também não nomeamos a tecnologia divina/da natureza, ao ponto de eliminarmos “milagres”.
Um milagre é tudo aquilo que não compreendemos e que aconteceu independente da nossa crença ou conhecimento.
Tenho visto entidades criando rituais para fortalecer a fé da pessoa, como por exemplo, rezar uma novena, ou um banho de descarrego/energizador, etc. E sei que tudo isso faz parte deste fortalecimento da fé, criando uma energia no ambiente capaz de levar embora qualquer pensamento negativo. Isso é fazer a nossa parte. É o que está ao nosso alcance fazer.
Sim, estou racionalizando a fé. Mas a verdadeira fé é aquela que vai de encontro com nossa essência interna. E racionalizar até se ter certeza do que se quer, não me parece algo que faça a pessoa perder a fé, mas confirma-la de forma que mente e coração caminhem juntos.
Na escola, deveríamos ter uma disciplina chamada: como sobreviver ao mundo em que vivemos hoje. E as aulas deveriam ser recheadas de práticas referentes à inteligência emocional, mental, financeira, interpretação de contextos (cotidiano), questões matemáticas cotidianas e, principalmente, ensinar a perguntar e a interpretar a própria vida.
O fato é que invariavelmente, conseguimos o que pedimos. Apenas não entendemos que o pedido foi realizado. E há pessoas que reclamam das consequências que o pedido realizado trouxe consigo.
Um exemplo clássico é pedir “paciência”. Tenho certeza que a maioria das pessoas não sabe o que esta palavra significa. E recebem a oportunidade de aguentar algo sem reclamar.
Outro exemplo clássico: pedir um amor de casal... A pessoa pede, recebe e não administra o que pediu. E este o amor de casal gera a pensão alimentícia do filho depois de um ano. Não foi Deus quem sacaneou. Foi o pedido realizado que veio com as consequências dos atos impensados, realizados no afã do momento.
É verdade, sou da turma que acredita que tudo é matemática. E digo mais, sou da turma que entende que tudo se trata de sintonia (frequência energética), sincronicidade (Jung) e mudança de fases (jogos eletrônicos, RPG).
Da próxima vez, que você se aventurar a fazer um pedido a Deus, pare e pense, repense, visualize e solte. Fortaleça sua fé e sorria. Estamos neste mundo também para que nos alegremos com a vida.
Fico por aqui.
Abraços, cuide-se e fique bem.
Andréa.